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O ano de 2012 parece marcar definitivamente um novo
patamar de abertura do mercado Brasileiro de Futebol aos jogadores
Sulamericanos. Nosso país sempre contou com jogadores de primeira linha oriundos
dos países vizinhos, é fácil lembrar de nomes que brilharam por aqui ao longo
dos anos, como Pedro Rocha, Romerito, Figueroa, De León, Darío Pereyra, Rincón,
Tevez, Gamarra e por aí vai. A diferença
é que agora os estrangeiros tornaram-se uma clara opção de mercado para os
clubes brasileiros, e passaram a ser “importados” em quantidades cada vez
maiores, e por um número crescente de Times. Considerando dados de 22 dos maiores
clubes do País, percebe-se que o número de jogadores estrangeiros passou de 29
ao final do Brasileirão (dezembro/12) para 38 no início dos campeonatos
estaduais, um aumento de quase 31% em apenas 1 mês. Além disso, apenas 7
desses clubes ainda não tem estrangeiros em seus elencos (4 no Nordeste),
enquanto que outras 7 equipes já atingiram (ou até superaram) o limite de inscrição
de 3 estrangeiros. 

Como sempre, por trás deste movimento estão
aspectos Esportivos, Sócio-Culturais e, principalmente, Econômicos, dentre os quais
destacamos:

1) O Brasil é economicamente mais forte que seus vizinhos (O PIB Brasileiro
representa 45% de toda a América do Sul);

2) O Real é uma moeda valorizada em relação aos vizinhos, o que torna o
estrangeiro mais barato;

3) A melhora da economia e o aumento da receita dos clubes brasileiros
possibilitam pagar maiores salários para os estrangeiros do que eles ganham nos
seus países;

4) Mesmo pagando mais, é vantajoso para os clubes brasileiros trazer os
estrangeiros pois ainda assim estes são mais baratos do que os jogadores
brasileiros;

5) A Crise econômica diminuiu a demanda Européia por jogadores Latinos
em geral, abrindo espaço para o Brasil ser visto como uma alternativa de
mercado mais interessante para os jogadores dos países vezinhos; Pluri View: Nº
de jogadores estrangeiros no Brasil cresce 31% em 2012

6) O Brasil possui um campeonato nacional mais competitivo e de nível
mais elevado que os países vizinhos;

7) O campeonato brasileiro é uma vitrine para uma futura revenda para a
Europa;

8) Ao atuar no Brasil, os jogadores Sul-americanos continuam próximos à
seus países de origem (famílias e amigos), em relação a uma transferência para
Europa;

9) O crescente interesse dos Clubes Brasileiros pela disputa da Taça
Libertadores aumenta a demanda pelos “gringos”, mais acostumados com o estilo
da competição;

10) E para aqueles clubes que incluem em sua estratégia de mercado
aumentar sua visibilidade no continente, contratar jogadores estrangeiros é uma
boa estratégia.

Esse movimento é irreversível, e positivo para os
clubes nacionais porque possibilita contratar jogadores de bom nível pagando
menos do que os inflacionados jogadores brasileiros. E para os estrangeiros
abre um novo mercado, com excelentes perspectivas profissionais para os que se
destacarem. Ou seja, demorou um pouco, mas os interesses se alinharam. 

Porém,
apesar do crescimento, os estrangeiros ainda são apenas cerca de 5% dos elencos
dos times da 1ª divisão Nacional, o que mantém o Brasil como o país mais
fechado a jogadores estrangeiros, entre os 60 mais importantes do mundo.
Portanto, vem mais gringos

por aí.

Acesse
o relatório em http://www.pluriconsultoria.com.br/relatorio.php?segmento=sport&id=54

Fernando
Ferreira – fernando@pluriconsultoria.com.br
– twitter: @pluriconsult   @fernandopluri