Brasil mantém o status de maior exportador de craques | Pluri Consultoria


Brasil mantém o status de maior exportador de craques
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rasil mantém o status de maior exportador de craques

Estudo aponta que 1.063 brasileiros, ou 14% do total, atuam em 108 campeonatos diferentes e valem hoje R$ 3,75 bilhões

Felipe Torres – Do Hoje em Dia – 17/12/2011 – 14:20

KAZUHIRO NOGI/AFP

Neymar

Neymar, que disputa Mundial pelo Santos, foi contra a maré e esnobou Europa

A cena do craque Neymar com a caneta em mãos prestes a renovar o seu contrato com o Santos até 2014 rodou o planeta. A imprensa europeia não acreditava que o jovem atacante, de 19 anos, havia “esnobado” as milionárias propostas de Real Madrid e Barcelona para continuar nos gramados canarinhos. A economia aquecida e a entrada de dinheiro nos clubes facilitaram a permanência de jogadores no país, mas o Brasil ainda mantém o status de maior exportador de talentos da bola no mundo. 

De acordo com estudo da Pluri Consultoria, empresa de Curitiba (PR) especializada em pesquisa e análise de mercado, 1.063 atletas tupiniquins calçam as chuteiras em ligas profissionais de fora, cerca de 14% do total. O relatório aponta que 7.627 futebolistas se aventuram em campos desconhecidos. E o domínio verde e amarelo impressiona. Os brasucas atuam em 108 diferentes campeonatos, contra, por exemplo, 67 dos argentinos. 

Os hermanos só aparecem em terceiro na lista, com 587 representantes (7,7%), atrás da vice França – 614, ou 8,1%. O curioso é que os bósnios ocupam uma posição de destaque. Eles são os sétimos, 327 atletas (4,3%), à frente de Croácia, Inglaterra e Irlanda, centros tradicionais de futebol que, ao contrário, investem em atrair muitos estrangeiros. 

O idioma faz com que Portugal seja o principal destino dos canarinhos. Em terras lusitanas, 231 jogadores mostram serviço atualmente. Para se ter uma ideia, na decisão da Liga Europa, da temporada passada, entre os rivais Porto e Braga, 11 nomes daqui participaram no encontro, uma verdadeira legião tupiniquim. 
O “desembarque” também tornou-se frequente na Itália, onde 92 atletas encaram os desafios do “Calcio”. E se algum dia alguém acompanhar as disputas na Romênia e no Chipre, provavelmente vai ver um brasileiro comemorando um gol. Em ambos os países, 24 deles vestem a camisa de times locais. 

Porém, não há reciprocidade. O Brasil acaba sendo o país mais fechado para profissionais de outras nacionalidades. Enquanto na Europa é comum os campeonatos contarem de 40% a 50% de “gringos”, o índice não passa de 5,1% na Série A do Brasileirão (34 nomes) e 0,4% na Segundona (3). Como base de comparação, na Inglaterra são nada menos do que 339 estrangeiros.

A maioria dos forasteiros fica no anonimato, na condição de meros coadjuvantes. Mas os ídolos supervalorizados impulsionam o seu valor de mercado, que chega a 3,6 bilhões de euros (R$ 9 bilhões). Os brasucas “custam” 1,5 bilhão (R$ 3,75 bilhões), ao “preço” médio de 1,4 milhão (R$ 3,5 milhões).

Os mais badalados dessa legião estrangeira defendem cores das equipes inglesas, valendo 13,6 milhões de euros (R$ 34 milhões); espanholas, 11,1 milhões (R$ 27,75 milhões); e portuguesas, 9,6 milhões (R$ 24 milhões). E os argentinos também estão bem cotados. Custam 515 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão), média de 900 mil euros (R$ 2,25 milhões).

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/esportes/brasil-mantem-o-status-de-maior-exportador-de-craques-1.382985