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Pluri Consultoria elenca 10 razões para Pep Guardiola ser o novo treinador da seleção brasileira
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Pluri Consultoria elenca 10 razões para Pep Guardiola ser o novo treinador da seleção brasileira
Conheça pontos positivos de uma hipotética presença do ex-comandante do Barcelona no território nacional
Fernando Ferreira

Logo após a saída de Mano Menezes, o diário Lance! trouxe a informação de que Pep Guardiola estaria disposto a assumir o posto de técnico da seleção brasileira caso houvesse o convite da CBF.

Há riscos importantes para ambos os lados numa decisão dessas, como o pouco prazo até a Copa e a impossibilidade de um trabalho intensivo, já que a seleção se reúne esporadicamente. Mas esses problemas acompanharão qualquer um que venha a ser o técnico escolhido, independentemente de sua nacionalidade, e são fruto do erro inicial de substituir (ou demorar a substituir) o técnico Mano Menezes. 

A grande questão aqui é a velha adaptação cultural, já que há um abismo entre a maneira como vemos e trabalhamos o futebol no Brasil, comparado com a Europa, e nesse caso quem corre mais riscos é Guardiola, e não a CBF.

Porém, a despeito do risco de adaptação, há argumentos favoráveis de sobra que justificam a contratação de Guardiola, e vão além da seleção brasileira em si, representam uma oportunidade para o futebol brasileiro como um todo:

o Futebol melhor. Estamos em pleno “apagão tático”, não surge nada de novo por aqui há anos. Com Guardiola aumentam as chances (não é nenhuma garantia de sucesso) de resgatar uma forma de jogar que combine eficiência e qualidade;

o Abalar estruturas. Há anos estamos acomodados com a forma como o futebol vem sendo praticado (dentro e fora de campo) por aqui, com nítida redução de qualidade e interesse por parte dos torcedores. A vinda de Guardiola contribui para dar um choque na inércia. Certamente não é a solução, mas um bom começo.

o Visibilidade e interesse. Guardiola é tido como o maior técnico do mundo e todos acompanham seus movimentos. Sua vinda aumentará a atenção não apenas para a seleção, mas para o futebol praticado no Brasil, que é pouco conhecido e desperta interesse quase nulo no exterior;

o Inserção internacional. Somos como uma ilha, estamos longe do resto do mundo tanto em aprimoramento do futebol (em campo e fora dele), quanto em conhecimento do que acontece nos principais mercados. Esse distanciamento contribui para sermos vistos como um mercado de qualidade inferior, gerando pouco interesse dos torcedores estrangeiros e reduzindo as oportunidades comerciais para nossos clubes;

o Abrir mercado para os técnicos estrangeiros no Brasil. Os clubes brasileiros pagam salários cada vez mais próximos aos europeus, mas poucos técnicos estrangeiros atuam por aqui, mantendo nosso isolamento e perpetuando o “apagão tático”;

o Abrir mercado para os técnicos brasileiros no exterior. Com maior visibilidade e interesse internacional, aumentam as chances de termos mais técnicos brasileiros dirigindo clubes europeus, e não asiáticos e do Oriente Médio;

o Aumentaria o interesse de jogadores estrangeiros por atuar no Brasil. Pagamos salários altíssimos no Brasil, cada vez pais próximos dos mercados internacionais, mas jogadores estrangeiros no auge de suas carreiras ainda não veem o Brasil como um mercado potencial de atuação. Estamos começando a ser observados apenas pelos veteranos, quando já não têm mais o mesmo mercado na Europa, ou quando têm algum laço de identificação com o Brasil, como os casos de Seedorf e Forlán;

o Qualificação. O mesmo aumento da oferta leva a uma maior concorrência entre os profissionais, aumentando a qualidade do produto final. Também significa introduzir mudanças de enfoque na forma como o futebol brasileiro vem sendo jogado;

o Redução de custos. Com o crescente aumento de salários de técnicos e jogadores praticados por nossos clubes, a redução da barreira cultural (que só vem com maior integração) gera maior oferta de jogadores e técnicos, com possibilidade de redução de custos para os clubes;

o Copa 2014. Temos talento e eficiência, com Guardiola aumentaríam as chances de o Brasil ser campeão do mundo.


Economista, Especialista em Gestão e Marketing do Esporte e Pesquisa de Mercado.

Contato: fernando@pluriconsultoria.com.br
Twitter: @fernandopluri
Leia mais:
Entrevista com Fernando Pinto Ferreira, fundador da Pluri Consultoria 

Fonte: http://www.universidadedofutebol.com.br/2012/11/2,17003,PLURI+CONSULTORIA+ELENCA+10+RAZOES+PARA+PEP+GUARDIOLA+SER+O+NOVO+TREINADOR+DA+SELECAO+BRASILEIRA.aspx