Preço dos ingressos do futebol brasileiro subiu 300% em 10 anos
Inflação do período foi de 73%; alta não se ‘intimidou’ com estádios vazios
Por Felipe Barros, da PLACAR 11/04/2013, às 11h22
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Torcida do Atlético-MG faz festa na Libertadores: continental ainda atrai público, mesmo com ingressos caros / Crédito:
Bruno Cantini / Divulgação Atlético-MG
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Há 10 anos, os ingressos do futebol nacional não eram tão caros. Mas os estádios estavam vazios da mesma forma. No entanto, contrariando a lei da oferta e procura, clubes e federações aumentaram os valores das entradas em 300% neste período. A inflação, medida IPCA-IBGE) foi de 73%, enquanto o salário mínimo aumentou em 183%. O levantamento foi realizado pela Pluri Consultoria.
As justificativas para o aumento astronômico são muitas. Dirigentes dizem que “preços baixos desvalorizam o produto” e citam, também, o aumento do custo do futebol. “Tem também o argumento de que o preço tem que ser alto para estimular o torcedor a se tornar sócio do clube. Isso funciona apenas para uma parcela de torcedores, e costuma estar diretamente atrelado ao momento do time. Ou seja, quando a fase é boa, o estádio enche, quando é ruim, volta a ficar vazio”, aponta o relatório.
No entanto, o próprio estudo da Pluri lembra de dois clubes que aumentaram valores de ingressos e, mesmo assim, enchem estádios: Atlético-MG e Corinthians. Mas lembra: “Além da vantagem do preço, é a perspectiva de não conseguir lugar disponível nos estádios que leva o torcedor a se associar ao clube. A Europa tem exemplos de sobra neste sentido”.
É bom lembrar que, na Libertadores, em que há mais jogos de alta qualidade e maior atratividade, os altos preços não assustam o torcedor. Mesmo em jogos de primeira fase, o Corinthians encheu o Pacaembu em todas as partidas com portões abertos neste ano. O Palmeiras esgotou a venda de ingressos para o jogo contra o Libertad, nesta quinta-feira. Atlético-MG e Grêmio também atraíram grande público para seus jogos em casa.
Fonte: http://placar.abril.com.br/materia/preco-dos-ingressos-do-futebol-brasileiro-subiu-300-10-anos
